Depois do coro de críticas às recentes nomeações do Governo de figuras ligadas ao PSD e ao CDS para o Conselho Geral de Supervisão da EDP, Celeste Cardona, um dos nomes indicados pelos accionistas, aproveitou a sua página no facebook para se defender e responder aos ataques de que tem sido alvo.
As críticas mais inesperadas partiram de Eduardo Catroga, nomeado chairman do Conselho Geral de Supervisão da EDP. No sábado, ao Expresso, o ex-ministro das Finanças de Cavaco silva dizia: «Não sei como Celeste Cardona apareceu na lista. Não vou fazer muitos comentários porque não sei mesmo. Nos outros encontro uma lógica, mas neste caso não».
Mas foi a propósito de um artigo assinado pelo director do Jornal de Negócios, Pedro Santos Guerreiro, que ontem a ex-ministra da Justiça de Durão Barroso decidiu quebrar o silêncio: «Posso esclarecer que não fui ministra, não fui banqueira e não serei conselheira de energia. Sou apenas licenciada, mestre e doutoranda em direito. Trabalho desde os 16 anos e, permita-me, sempre com êxito. Exerci um cargo ministerial e trabalhei com vogal do C.A., na área da minha especialidade, na CGD. Por junto foram cerca de 6 anos de que me orgulho pelo trabalho que realizei», escreve. E quanto ao novo desafio que agora a espera, Celeste Cardona acrescenta que «não é ser conselheira de energia, é exercer as competências que constam do regulamento do CGS».
«Conhece-o? Se calhar não! Conhece-me? Julgo que não! Porque fala e escreve do que não sabe?», termina, dirigindo-se a Pedro Santos Guerreiro.
No editorial em causa, o director do Jornal de Negócios critica as nomeações, que considera «políticas» e refere-se a Cardona como «a mulher mais polivalente de Portugal», uma vez que «já foi ministra, banqueira e agora será conselheira na Energia».
Hoje, na sua página pessoal, a ex-ministra da Justiça volta à carga. «Isto dá que pensar! Eu deixei a política activa há cerca de 8 anos. Porque será que se continua a achar que, estando fora da política activa, estou na política. Deve haver um fenómeno qualquer, que eu desconheço e não compreendo, para se continuar a laborar neste erro. Mas enfim...como dizia uma pessoa minha amiga, ser mulher em Portugal ainda é dificil...!», conclui.
Fonte: Sol
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