O CDS-PP recomenda ao Governo que avance com a autorização de estacionamento coberto para veículos GPL (movidos a gás), cumprindo uma promessa já feita pelo ministro da Economia e que ainda está por cumprir.
Num projecto de resolução, hoje divulgado mas ainda sem data para ser discutido, o CDS-PP recordou o anúncio de Álvaro Santos Pereira em «dar luz verde ao estacionamento de veículos GPL em parques cobertos, não tendo sido no entanto anunciada qualquer data para o efeito».
Em declarações à agência Lusa, o deputado do CDS-PP Helder Amaral lembrou que o sector tem dado condições de segurança, faltando agora tornar claro a certificação e a fiscalização.
O deputado recordou que no memorando assinado com a troika se previa o recurso a alternativas para fazer face à «dependência» e «custo enorme» dos combustíveis habituais para os automóveis: gasolina e gasóleo.
Para o parlamentar, o processo necessário para potenciar o uso de GPL passa por regulamentar a lei que já existe, criar regras que não sejam um travão, como o impedimento de estacionamento em espaços cobertos, e alargar o número de postos de abastecimento.
Com as condições de segurança garantidas, o CDS-PP pretende, tal como o ministro também avançou, o fim do uso do dístico que identifica as viaturas como movidas a gás.
«Se todos os riscos com a utilização não existem e se estão em igualdade de circunstâncias com as viaturas de gasolina e gasóleo, não faz sentido essa informação, que é desnecessária», argumentou à Lusa.
O deputado referiu ainda os ganhos em poupança, os «efeitos relevantes na economia» e a «ajuda para famílias e empresas» que o incentivo ao uso do GPL traz.
O presidente da Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Protecção Civil, Ricardo Ribeiro, salientou a importância de um «trabalho de prevenção».
«Não parece que seja uma questão grave (o estacionamento), mas é necessário que seja acompanhado por um trabalho de prevenção», comentou o responsável à Lusa.
Para o dirigente, os equipamentos de GPL devem ter obrigatoriamente vistorias periódicas para atestar o seu «bom estado», acrescentando a hipótese de tal ser feito nos centros de inspecção.
Luis Carvalho, director da Associação Portuguesa de Gestores de Condomínio, afirmou que «cada vez mais os equipamentos são seguros» pelo que «não vê impedimento» para o estacionamento em locais cobertos.
«As garagens têm sistemas de evacuação devido ao monóxido de carbono», lembrou ainda.
Fonte: Lusa/SOL
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