quinta-feira, 12 de julho de 2012
CDS-PP: exportações são «mérito» das empresas
O CDS-PP considerou «positivos e encorajadores» os números que revelam um crescimento das exportações entre março e maio, sobretudo para fora da União Europeia, sublinhando que é «mérito» das empresas e da nova estratégia da diplomacia económica.
«Queremos realçar os dados francamente positivos e encorajadores das exportações, em primeiro lugar porque são conseguidas num cenário muito difícil», disse o deputado Hélder Amaral, em declarações à Lusa no Parlamento, acrescentando que os principais parceiros comerciais de Portugal, e principalmente Espanha, atravessam «dificuldades».
Daí que, sublinhou, seja especialmente importante e de destacar que «pelo menos 30% dessas exportações sejam para mercados extracomunitários», ou seja, «novos mercados» como a China.
«E estamos até a conseguir exportar novos produtos», garantiu, apontando ainda, em segundo lugar, «o efeito positivo na balança comercial».
«Isso quer dizer que estamos a conseguir resolver a primeira parte da equação, ou seja, reduzir a balança comercial. Falta obviamente que estas importações sejam substituídas por produção nacional, por consumirmos o que é nosso, por um incentivo da nossa capacidade de produção industrial».
«Há um conjunto de medidas que levam mais tempo» a surtir efeito. Hélder Amaral sublinhou, de qualquer modo, que «estes dados são conseguidos mês a mês, trimestre após trimestre», revelando que «há uma linha condutora, uma linha ascendente das exportações».
Um «mérito das empresas e dos trabalhadores portugueses, mas também da nova estratégia de abordagem da diplomacia económica, do papel do AICEEP».
Questionado sobre a quebra das importações no mesmo período, superior ao crescimento das exportações, o deputado do CDS insistiu em que essa é «a segunda parte da equação».
Porém, disse que o problema da quebra do consumo interno, e da necessidade da sua retoma, «é também uma oportunidade», destacando um conjunto de medidas adotadas pelo Governo - ao nível da reprogramação do QREN e de legislação relacionada com o licenciamento industrial ou a concorrência, por exemplo - que «podem potenciar» a «capacidade industrial» e levar à «melhoria» do consumo interno.
«Mas enquanto essas medidas, essas reformas, não fazem efeito, enquanto o mercado interno não reage, o dado positivo é que as empresas, apesar disso, apesar das dificuldades dos nossos parceiros, estão conseguir ganhar posição e produtos novos, a ganhar visibilidade em novos mercados».
As exportações aumentaram 6,5% entre março e maio de 2012, face ao mesmo período do ano passado, de acordo com os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O défice da balança comercial baixou 2,2 milhões, devido à quebra de 9,5% nas importações.
As saídas de bens aumentaram 6,5%, impulsionadas pelas vendas para países não comunitários, que cresceram 23,6%.
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