sábado, 14 de julho de 2012
Portas: situação é “teste à envergadura” dos políticos
“A situação é tão séria, que é também um teste à envergadura dos líderes e dirigentes políticos”, disse o líder popular no Funchal, na abertura do 13.º congresso regional do CDS-PP da Madeira, que decorre este fim-de-semana.
O também ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros argumentou que “afastar Portugal do precipício financeiro para onde foi atirado tem consequências económicas e sociais, sendo do interesse de Portugal, como um todo, a recuperação da credibilidade externa e o cumprimento dos compromissos”.
Segundo Paulo Portas, “é preciso perceber o que aconteceu, recuperar o país e a região e garantir que o futuro é diferente e não teremos de passar por mais pedidos de ajuda externa”.
“É preciso mudar o modo de governar, porque há um modo de governar que se esgotou pela simples razão de que não há dinheiro”, disse, defendendo “mais respeito pelo esforço da sociedade e mais disciplina no gasto do Estado” e que “o rigor na gestão dos recursos públicos deve ser um hábito”.
Num discurso de cerca de 50 minutos, Paulo Portas realçou também ser necessário “reformar as estruturas económicas, para Portugal ter uma economia forte para além do Estado e independente do Estado”, uma situação que é particularmente “relevante na Madeira”.
O líder nacional do CDS-PP sustentou ainda que gastar mais do que se pode hipoteca o presente e o futuro, declarou que, apesar de difícil, “2012 não é um ano perdido” e afirmou ser “prioritário” garantir as condições para que o país e a Madeira “aproveitem” a oportunidade “no momento em que existir uma viragem para crescimento económico”.
“Há uma utilíssima forma de aproveitar o ano de 2012, para que o país no futuro seja diferente. Temos de fazer reformas, reformar as leis laborais, para que haja confiança no investimento”, além de fazer intervenções no sector judicial, apontou.
Paulo Portas destacou também que Portugal está “mais longe do precipício”, com uma situação “distinta” daquela em que se encontra a Grécia e com avaliações positivas das instituições internacionais.
Por isso, questionou se “é a meio caminho que se dão guinadas radicais” e sublinhou que a “margem de manobra” de Portugal é a credibilidade que conquistou. “E importante para a credibilidade de Portugal a existência de coesão politica e de acordos sociais”.
Paulo Portas realçou o trabalho desenvolvido pelo partido na Madeira, onde se tornou a primeira força política da oposição, o que lhe confere a “responsabilidade” de ser alternativa ao PSD, o parceiro de coligação no Governo da República.
Prometeu ajudar “numa boa negociação” em Bruxelas para garantir a viabilidade do Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM) e os apoios comunitários para as regiões ultraperiféricas.
Fonte: Público
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