quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Pires de Lima ataca "deriva radical" do PS
O democrata-cristão considerou hoje que "as diferenças de opinião" entre os partidos da coligação governamental "são normais" e não representam qualquer drama e atacou o PS por "enveredar por uma deriva radical".
"O Partido Socialista parece, a pretexto de se querer afirmar como uma alternativa, o que é sempre saudável, estar fundamentalmente a demarcar-se do programa da `troika´ e votar contra um Orçamento que ainda nem sequer conhece. Isso é insinuado claramente das palavras do líder do Partido Socialista e de alguns responsáveis do PS", afirmou Pires de Lima.
Questionado pela Lusa sobre as divergências entre os dois partidos da coligação do Governo, PSD e CDS-PP - sobre a RTP e sobre a lei eleitoral autárquica - o presidente do Conselho Nacional democrata-cristão começou por considerar que "é normal que dois partidos diferentes tenham algumas diferenças e que as discutam de forma aberta".
"Eu não vejo qual é o drama dessa situação. Não põe em causa o compromisso que os dois partidos têm para governar Portugal num momento que é muito exigente e em que é preciso assegurar que Portugal continua a recuperar a sua credibilidade internacional", declarou.
O que poderá por em causa aquele objetivo, defendeu Pires de Lima, é "o recente posicionamento do PS, a deriva radical que parece estar a tomar conta do PS".
"Creio que os portugueses dificilmente compreenderiam que o PS entrasse nesta linha populista e mais próxima de partidos de extrema esquerda radical e eu espero que isso não aconteça porque tem tido até agora uma opinião muito positiva e responsável do líder do Partido Socialista", disse.
"Isso é preocupante porque eu acho que não é preciso pôr em causa este ativo que é a imagem e a reputação que Portugal ganhou para afirmar uma diferença e uma alternativa", advertiu.
Fonte: Diário Económico
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