quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Porta-Voz do CDS arrasa Gaspar e este responde na mesma moeda


Deputado do CDS ataca alterações na TSU e nos impostos. "Disparate", responde o ministro das Finanças.

O porta-voz do CDS, João Almeida, fez esta manhã uma intervenção muito dura frente ao ministro das Finanças, mostrando-se frontalmente contra as mexidas na Taxa Social Única e criticando a subida das taxas de IRS ontem anunciada por Vítor Gaspar.
Segundo o Expresso apurou, o deputado centrista, que falava durante uma reunião dos grupos parlamentares do PSD e do CDS com o ministro das Finanças, também questionou a razão por que o Governo anunciou medidas que representam um aumento de receita de 5 mil milhões de euros, valor que não bate certo com a flexibilização das metas do défice (uma questão, aliás, também levantada por deputados do PSD).

Segundo contaram ao Expresso deputados que assistem à reunião, que ainda decorre, a resposta do ministro das Finanças foi igualmente dura. Começando por classificar a intervenção do porta-voz do CDS como "um disparate". Uma palavra que gelou a sala.

Almeida tinha criticado as alterações na TSU, com os trabalhadores a descontar mais 7% e os patrões a descontar menos 6%, considerando que eram uma transferência de capital dos trabalhadores para as empresas, que corta o rendimento disponível das famílias e não terá nenhum dos efeitos positivos sobre o emprego que o Governo tem anunciado. Gaspar reafirmou a cartilha oficial do Governo, de que esta é uma medida que vai ajudar o emprego e as empresas.

Gaspar admite hipótese de não agravar o IRS


Questionado sobre se estas alterações na TSU foram impostas pela troika, e se podem ser explicadas como tal aos portugueses, Gaspar foi perentório: não foi imposição da troika, foi uma opção consciente do Governo.
Sobre o aumento da taxa média efetiva de IRS, à boleia da redução do número de escalões, o ministro deu razão a João Almeida: de facto, o que está no programa de Governo é uma alteração dos escalões por razões de "simplificação", sem aumento da carga fiscal - no entanto, explicou Gaspar, a realidade impõe um agravamento das taxas.
Gaspar deixou, porém, aberta a hipótese de não aumentar a taxa efetiva de IRS caso o Governo consiga até à apresentação do OE desenhar um grande programa de cortes adicionais na despesa pública.

Fonte: Expresso

2 comentários:

  1. É altura do CDS mostrar no que difere do PSD e porque nunca se pode aproximar de um PS. O excesso de Austeridade vai naturalmente levar-nos à implosão da economia portuguesa, a quebra do poder de compra dos cidadãos portugueses e a baixa do salário minimo nacional( efectivo para trezentos e pouco Euros)só irá trazer problemas e uma convulsão social de proporções incalculáveis.
    Este efectivamente não é o caminho, este não é o Caminho do CDS.
    Começa a ser necessário o exemplo, e este tem de vir de cima.
    -Reformas para titulares de cargos politicos só quando atingirem 65 anos e com efeitos retroativos com uma unica pensão não cumulável.
    -Eliminação dos privilégios dos nossos Ex Presidentes da Républica, quando tal não contenda com a manutenção da dignidade enquanto ex membro titular de orgão de soberania.
    -Eliminação dos institutos publicos e demais pessoas colectivas publicas onde haja sobreposição de funções e competencias.
    - Extinção de todas as Participações Publico privadas que sejam manifestamente prejudiciais ao interesse do Estado Português, que defendam a manutenção de margem de lucros fixas das entidades privadas independentemente das leis de mercado que os regem.
    -Defesa da medida( anteriormente defendida pelo CDS) de devolução do IVA às empresas em 30 dias após a facturação em caso de não receimento dos valores facturados.

    Enfim, só quem trabalha no sector privado é que sabe as dificuldades porque passa e os sacrificios que tem de fazer para conseguir cumprir com os seus propositos, nomeadamente para pagar aos seus funcionários.

    Orlando Góis

    Militante da Concelhia de Santarém

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  2. Este é o momento em que o CDS deveria sair do governo, mantendo o apoio parlamentar para bem do pais. Não podemos continuar a dar o amen a medidas pobres de espirito, que em vez de impulsionar a economia portuguesa só vão fazer mais estrago sem qualquer beneficio pratico.

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