segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

CDS deve opor-se a tentativas do PS e PSD para perpetuar “dinossauros” autárquicos


O vice-presidente do CDS/PP, José Manuel Rodrigues, afirmou neste sábado que o partido deve opor-se a qualquer tentativa do PSD e PS para alterar a Lei Eleitoral para permitir a continuação dos “dinossauros do poder autárquico” em final de mandato.
“Espero que CDS não admita que PS e PSD alterem e interpretem a lei para que determinados dinossauros do poder autárquico em Portugal se possam candidatar a câmaras municipais vizinhas para daqui a quatro anos voltarem ao município onde exerceram mandato”, disse o também presidente do CDS/PP-M numa homenagem dos Amigos do CDS que reuniu cerca de uma centena de pessoas.

José Manuel Rodrigues defendeu o princípio constitucional da renovação autárquica e que o partido deve desde já começar a preparar as eleições autárquicas, começando a escolher os candidatos.

Considerou que esse trabalho deve ser “acelerado para que partido possa concorrer ao maior número de câmaras e freguesias”, opinando que “o pior que podia acontecer é o CDS se encostar ao PSD nas eleições autárquicas”.

Admitindo que possam continuar “as coligações que são de sucesso em vários municípios do país”, José Manuel Rodrigues sublinhou que o partido “deve fazer um grande esforço para reforçar a sua base autárquica”.

“Quanto mais autarcas tivermos mais consistência partido terá quando sair do Governo, porque democracia, exceptuando a Madeira, é feita de alternância”, argumentou o dirigente centrista, recordando que com a actual situação financeira difícil “não vai ser possível cumprir alguns dos objectivos que CDS apresentou ao eleitorado”.

De acordo com José Manuel Rodrigues, “só na segunda fase do mandato será possível cumprir promessas, mas sem seis meses de governo CDS não envergonha ninguém no Governo de Portugal”.

Declarou ainda que “a história do CDS não termina com a presença neste momento no Governo da República”.

“Não podemos esquecer que partido tem que existir para além da presença no Governo, porque só assim conseguiremos manter a nossa autonomia em relação ao nosso parceiro de coligação”, reforçou, frisando que o actual Executivo é formado por duas forças partidárias.

O deputado falou ainda da importância das próximas eleições legislativas nos Açores, realçou a pertinência da página dos Amigos do CDS no Facebook e mencionou que o bom resultado do partido na Madeira se deveu a três premissas: trabalho, abertura das listas a independentes e proximidade com o eleitorado.

Neste encontro em Coimbra participaram entre outras pessoas, o secretário-geral adjunto do CDS-PP, Pedro Magalhães, o deputado à Assembleia da República, Manuel Isaac, seis deputados da Madeira e diversos autarcas do partido.

Fonte: Público

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