terça-feira, 31 de janeiro de 2012
CDS questiona Gaspar sobre património do Banco de Portugal
Deputados do CDS perguntam se parte do património do banco central não devia ser utilizado por outras instituições ou mesmo vendido.
Um grupo de cinco deputados do CDS-PP, um dos partidos que sustenta a maioria governativa, defende que alguns edifícios do Banco de Portugal podem ser "reafectados a outros organismos do Estado ou ser alienados". E, nesse sentido, expôs no início deste ano o assunto à consideração do ministro das Finanças.
"O Banco de Portugal dispunha, e dispõe ainda, de importantes edifícios próprios em diferentes capitais de distrito. Após a integração de Portugal na zona euro, e com a evolução das tarefas desempenhadas pelo Banco de Portugal, esses edifícios já não serão necessários. Poderão, assim, esses edifícios ser reafectados a outros organismos do Estado ou ser alienados", lê-se no início de um documento enviado a Vítor Gaspar a 5 de Janeiro e assinado pelos deputados democratas-cristãos José Ribeiro e Castro, João de Almeida, Vera Rodrigues, Michael Seufert e Adolfo Mesquita Nunes.
Estes parlamentares perguntam ao Ministério das Finanças se se justifica manter os edifícios-sede que o Banco de Portugal dispõe em diferentes cidades do país, se o banco central tem algum plano de reafectação destes edifícios e, por último, se está prevista a alienação de alguns desses imóveis.
Uma questão de "obter informação"
Ao Económico, o deputado José Ribeiro e Castro afirmou que o CDS não pretende tomar uma posição sobre o que fazer com o património do Banco de Portugal, mas somente "obter informação" sobre o mesmo.
O antigo líder do CDS conta que "foi um cidadão que através de uma carta" lhe chamou a atenção para o assunto. "Em conversa posterior demos conta que não sabíamos a dimensão desse património. E é importante que saibamos [a sua dimensão] para que [a alienação] seja equacionada", acrescenta.
José Ribeiro e Castro sublinhou também que o CDS respeita o regime específico do Banco de Portugal e acredita que a gestão patrimonial do banco central é correcta. "Mas não deixam de ser bens do Estado português e queremos saber se há parcela relevante do património que pode ser valorizado", considerou também. Embora ainda não tenha obtido qualquer resposta, o deputado diz que acreditar que o Ministério das Finanças terá "certamente" planos para rentabilizar o património do banco central.
Fonte: Diário Económico/Mariana Adam
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