terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Portugueses "merecem ser tratados como quem está a conseguir"



Paulo Portas, ministro dos Negócios Estrangeiros, insistiu hoje que Portugal não é a Grécia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, reiterou hoje que Portugal está a responder à crise de forma diferente da Grécia e que os portugueses merecem o tratamento de quem consegue responder aos desafios.
"Os portugueses estão a fazer um enorme esforço, com muito sacrifício, para saírem de uma situação de excesso de dívida e de excesso de défice e, como o estão a conseguir, merecem obviamente ser tratados como um povo que está a conseguir", disse Paulo Portas numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo marroquino, Saad Dine El Otmani, que hoje termina uma visita oficial de dois dias a Portugal.
Questionado sobre efeitos para Portugal de uma saída da Grécia da zona euro, ou de uma bancarrota do país, o ministro português voltou a destacar o que considerou serem as diferenças na forma como os portugueses e os gregos enfrentam a crise da dívida soberana.
"Portugal não é a Grécia. Portugal tem um governo maioritário, Portugal tem um acordo social, Portugal cumpriu a meta orçamental. Portugal está a fazer reformas estruturais, Portugal está a cortar a despesa", afirmou Paulo Portas.
Numa entrevista que o jornal holandês De Volkskrant hoje publicou, a vice-presidente da Comissão Europeia, Neelie Kroes, afirmou que uma eventual saída da Grécia da zona euro "não é um drama" e que "não há nenhuma perda de vida" se algum país abandonar a moeda única.
Após a publicação da entrevista, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, veio defender a permanência da Grécia na moeda única.
"Queremos que a Grécia permaneça no euro", afirmou Barroso, falando à imprensa por ocasião de um encontro com Jacques Delors, antigo presidente da Comissão Europeia.

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