terça-feira, 26 de junho de 2012

Herdeiros de Sócrates


Compreendo a frustração dos Portugueses, perante o clima actual de crise, de dificuldades e de sacrifícios. Não é fácil encararmos certas medidas, impopulares e menos simpáticas e temermos pelo futuro da nação. Confio neste Governo por um simples motivo: Porque o CDS é um dos partidos da coligação. Eu sou daqueles que acredita que o CDS não só tem sido o travão na obsessão do PSD em “ir mais longe do que é necessário”, mas tem sido igualmente a face de medidas que realmente tem a chancela do partido em matérias que o partido sempre defendeu. Mas quem ouve a bancada do PS, deve ficar muitas vezes perplexo com o seu discurso autoritário, de mãos limpas e queixo levantado, quando na verdade, muito do que se faz actualmente em política governamental é derivado de memorando que o PS negociou, de uma dívida que o próprio PS provocou. Aqui não há desculpas algumas. É a verdade nua e crua. Não foi há um ano que a crise estalou forte, foi de há 6 anos para cá, onde a espiral do desemprego já era notória, onde já se sentia a economia a estagnar, e que os Portugueses notavam que as políticas socialistas nada mais eram do que um enorme bluff. A política actual nada esta relacionada com os fundamentos ideológicos sejam do PSD ou do CDS. Aqui e acolá, nota-se algumas medidas, mas o grande grosso das mesmas, é proveniente da acção governativa do PS no passado, que se descarta das mesmas, ao ponto de ir contra medidas que eles próprios negociaram. Esta bipolaridade socialista tem várias faces, e se olharmos ao detalhe para a bancada, encontraremos muitas caras conhecidas, como Ana Jorge, Ex-Ministra da Saúde, Helena André, Ex-Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, o tão balado Paulo Campos, Ex-Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Pedro Marques, Ex-Secretário de Estado da Segurança Social, Vieira da Silva, Ex-Ministro da Economia, Inovação e Desenvolvimento, Pedro Silva Pereira, Ministro da Presidência e antigo braço direito de José Sócrates, Gabriela Canavilhas, Ex-Ministra da Cultura, Laurentino Dias, Ex-Secretário de Estado do Desporto e Juventude, Jorge Lacão, Ex-Ministro dos Assuntos Parlamentares, Alberto Martins, Ex-Ministro da Justiça, Ana Paula Vitorino, Ex-Secretaria de Estado dos Transportes, Fernando Medina, Ex-Secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional e José Junqueiro, Ex-Secretário da Administração Local. Quando ouvimos falar da dívida do SNS, porque não fala Ana Jorge sobre ela? Quando sabemos que há imbróglios devido a justiça, porque não ouvimos Alberto Martins? Porque não fala José Junqueiro sobre a reforma da administração local, que deveria ter sido iniciada há anos? Esta bancada representa o que de pior se teve em política nacional. Não encontrara por certo mais apoiantes do antigo líder do PS, José Sócrates por metro quadrado. É pena que tenhamos deputados amnésicos, que não contribuem, que só fazem figura de corpo presente. 
Por isso cada deputado do CDS faz a sua diferença. Pela sua iniciativa. Pela sua crença num país melhor. Pelo combate para reconquistar a nossa soberania. Eu ainda acredito, e a esperança essa, é a última a morrer.

Paulo Freitas
Presidente da Concelhia do CDS-PP de Sines

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