O eurodeputado Nuno Melo (CDS-PP) disse hoje que o programa de financiamento pedido por Espanha, e centrado no seu setor bancário, é diferente do aplicado em Portugal, uma "ajuda ao Estado" que passa pela banca mas não só.
"Num caso [Portugal] é uma ajuda ao Estado, com parte do montante em favor do setor bancário. No caso espanhol temos uma recapitalização da banca. Tratam-se de realidades diferentes. Certamente que a União Europeia não deverá querer diferentes condições para estados nas mesmas condições. Falta saber se se trata disso ou não e para já parece-me que não", considerou o eurodeputado em Estrasburgo, à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu (PE).
A Espanha fez no último fim-de-semana um pedido formal de ajuda financeira externa para salvar o sistema bancário do país, num programa que pode ascender a 100 mil milhões de euros.
O valor final será determinado depois de concluídas as avaliações independentes ao sistema solicitadas por Madrid.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu na segunda-feira que não faz sentido o Governo tomar nenhuma eventual iniciativa relativa à ajuda externa a Portugal numa altura em que não são conhecidas as condições que serão aplicadas a Espanha.
Em declarações aos jornalistas, no final de uma visita às instalações da GNR, em Queluz, Passos Coelho reiterou ter "a certeza" de que, se porventura houver "condições mais vantajosas para Espanha", essas condições serão estendidas aos restantes países da União Europeia que estão sob assistência financeira.
"Nesta altura não faz sentido estar a tomar nenhuma outra iniciativa, porque não são conhecidas as condições que serão aplicadas a Espanha", acrescentou.
Fontes:
PPF (IEL).
Lusa/Fim
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