sexta-feira, 27 de julho de 2012

Lei eleitoral autárquica está a causar mal-estar entre PSD e CDS


CDS não gostou que PSD tenha fechado um dossier que ainda estava a ser negociado e não aceita executivos sem oposição.
A nova lei eleitoral autárquica que o PSD pretende aprovar está a criar ruído na coligação governamental com o CDS. Ao que o Diário Económico apurou junto de fonte dos centristas, Paulo Portas está "irritado" com a bancada laranja por ter dado o ‘dossier' como fechado quando os dois partidos ainda estavam a negociar, sendo certo que os democratas-cristãos não vêem com bons olhos os executivos camarários sem oposição e que não apoiam a intenção do PSD.
É que, na prática, a alteração que cria os executivos camarários homogéneos, em que 50% dos vereadores serão obrigatoriamente do partido mais votado mas o presidente tem liberdade para escolher os restantes (da mesma cor política ou não), tornará desnecessárias as coligações pré-eleitorais, o que afecta sobretudo o CDS. Em 22 municípios que venceu em 2009, o partido de Portas conseguiu-o em 21 deles graças à coligação com o PSD. Fonte dos centristas assume que esta alteração à lei pretendida pelo parceiro de Governo "promove a existência de menos coligações pré-eleitorais", uma vez que o PSD vai preferir ir a votos primeiro e decidir depois se precisa ou não de outro apoio para fazer aprovar o executivo na Assembleia .
Ao que o Diário Económico apurou, o PSD esteve em negociações com o CDS - que pretendia que ficasse previsto na lei a obrigatoriedade de a oposição ter sempre direito a participar no governo do município, ainda que de forma minoritária e sem pelouro - mas o projecto social-democrata acabou por ficar fechado internamente sem as alterações pretendidas pelos centristas.

Fonte: Diário Económico

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