domingo, 15 de julho de 2012

Ribeiro e Castro defende “direitos individuais dos deputados”


O deputado democrata-cristão Ribeiro e Castro recusou hoje todas as decisões que “fragilizem os direitos individuais dos deputados” e solidarizou-se com a deputada independente eleita pelo PS Isabel Moreira, que se considerou “amordaçada” pela presidente da Assembleia da República.
“Todas as decisões que fragilizem os direitos individuais dos deputados vão em sentido contrário das críticas e do discurso da valorização do mandato do deputado”, afirmou Ribeiro e Castro, em declarações à Lusa.

O ex-líder do CDS-PP manifestou solidariedade à deputada eleita pelo PS e à presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, na “discordância” da interpretação que fez do regimento. Esta confusão impediu Isabel Moreira de fazer uma declaração política a título individual sobre o acórdão do Tribunal Constitucional que declarou a inconstitucionalidade dos cortes nos 13º e 14º meses dos trabalhadores do setor público e aposentados.

A deputada declarou que esse direito pode ser exercido uma vez por cada sessão legislativa, sendo determinado que essas declarações políticas acontecem após aquelas que são feitas em nome dos grupos parlamentares. Não tendo havido declarações políticas dos grupos parlamentares, a presidente do Parlamento, Assunção Esteves, entendeu que não havia lugar à sua declaração.

“Reconheço que é uma situação de interpretação mais difícil do que parecia, porque esta semana não estavam previstas declarações políticas”, afirmou Ribeiro e Castro, que, mesmo assim, ficou “surpreendido” por Isabel Moreira não ter podido usar da palavra.

Para Ribeiro e Castro, trata-se de “um dos raros direitos individuais dos deputados que sobrevivem no regimento e como é raro é precioso”.“Fazia um apelo para que em ocasiões futuras o princípio de tratamento fosse o mais favorável. Em caso de dúvida, a interpretação deverá ser feita no interesse da representação do mandato parlamentar”, apelou.

Ribeiro e Castro salientou ainda que se trata do “encerramento da sessão legislativa, da última oportunidade em tempo útil de um deputado exercer um direito individual”. “Mais do que reformas eleitorais, sem prejuízo de serem feitas, o importante é valorizar as práticas parlamentares que valorizam o papel do deputado, o seu contributo próprio”, defendeu.

Fonte: Público

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