sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Assunção Cristas: A super-mulher
Haja o que houver, Assunção Cristas não passa um domingo sem missa: «É absolutamente estruturante para a minha vida. Conheço de cor os horários das missas em Lisboa e há para todas as horas». Super-mãe – aos 31 anos tinha três filhos –, é também tratada por alguns como super-ministra, por acumular a tutela da Agricultura, do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Mar.
Aos filhos, Maria do Mar, de 11 anos, José Maria, de 9, e Vicente Maria, de 7, também já ensinou que o mais importante ao domingo é ir à missa. «O resto é acessório».
Maria da Assunção herdou o nome da avó materna. Nasceu em Luanda, mas chegou a Portugal aos nove meses. E o seu primeiro destino foi Leiria, o distrito por onde viria a ser duas vezes cabeça-de-lista pelo CDS nas legislativas. Os pais chegaram pouco depois, com um bilhete de ida e volta na mão. «A minha mãe nasceu em Angola e o meu pai em Moçambique. Era muito forte a ligação a África». O bilhete ainda está guardado e o regresso nunca aconteceu.
Assunção só voltou a Luanda novamente em 2004. «Foi uma emoção muito grande. Fui ver a casa onde vivemos, em Miramar, o hospital onde a minha mãe trabalhava, a igreja onde fui baptizada, os dois jazigos de família no cemitério…».
A ministra estudou no Colégio do Bom Sucesso, onde também andam hoje os filhos, e depois passou pelo Liceu Rainha D. Amélia, antes de ingressar em Direito na Clássica. O doutoramento já foi feito na Nova, onde hoje é professora-associada.
Conta que os três anos mais produtivos da sua vida foram os que passou no Gabinete de Política Legislativa e Planeamento do Ministério da Justiça, tutelado então por Celeste Cardona: concluiu a tese de doutoramento em Direito Privado; teve o segundo filho e ficou grávida do terceiro; e trabalhou com três governos (Durão Barroso, Santana Lopes e José Sócrates).
Com pouco tempo para os filhos, aproveita para os levar nas deslocações para fora de Lisboa. A mais recente e que «as crianças adoraram» foi por causa do lince ibérico.
Pouco tempo depois de entrar para o CDS, tornou-se sua vice-presidente. Na última campanha perguntavam-lhe frequentemente se era a namorada de Portas.
Mal tomou posse, Cristas – que surge quase sempre num registo muito clássico, de tailleur, mas que nas deslocações ao terreno substitui por calças de ganga e ténis – deu nas vistas com o despacho que dispensava o uso das gravatas... para poupar no ar condicionado.
Fonte: Sol
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