O CDS-PP recusou hoje fazer, para já, qualquer comentário ao modelo de privatização da RTP divulgado na quinta-feira, mas criticou a “ligeireza” com que foi abordado o futuro dos trabalhadores da empresa, que pode passar pelo despedimento.
“Os trabalhadores da RTP são um ativo, não são um passivo, são na sua maioria quadros qualificados, pessoas com mais-valia para o ramo, e não se pode simplesmente chegar a uma entrevista e dizer que passam como um passivo para um qualquer concessionário”, disse à Lusa o deputado centrista Raul Almeida.
O deputado sublinhou que “é uma maneira de estar que não é a do CDS-PP” admitir que os trabalhadores “poderão ser despedidos ou ter um futuro incerto e que a incerteza desse futuro não seja motivo da menor preocupação”.
“Compreendemos que poderá haver redimensionamento no futuro da RTP, compreendemos que qualquer empresa deve ser bem gerida e os meios devem ser calibrados no sentido da sua boa gestão. Agora, não é assim que se tratam matérias de tanta seriedade e de tal gravidade”, acrescentou.
O economista e consultor do Governo António Borges considerou na quinta-feira, em entrevista à TVI, que a possibilidade de concessionar a RTP1 a investidores privados é um cenário "muito atraente", mas assegurou que nada está ainda decidido sobre o futuro da empresa.
António Borges sublinhou que a proposta de concessionar a RTP1 a investidores privados é atraente, porque levaria o canal a "permanecer na propriedade do Estado", sendo a licença entregue a um privado que teria de cumprir as "obrigações de serviço público", recebendo para tal um apoio estatal "bastante inferior" ao atual.
A RTP2 irá "muito provavelmente" fechar, independentemente do cenário a adotar para o futuro da empresa, em razão do seu avultado custo, para reduzidas audiências, prosseguiu o consultor do executivo, na entrevista à TVI.
Já hoje o executivo admitiu que a concessão da RTP1 a privados e o eventual encerramento da RTP2, anunciados por António Borges, permitem ao Governo "reduzir os encargos públicos" com a estação de televisão, garantindo a "propriedade pública".
Em declarações à Lusa, o deputado do CDS-PP não quis fazer comentários ao modelo que está em discussão, “reservando-se o direito de esperar por explicações mais detalhadas” por parte da tutela, até porque aquilo que veio a público “apanhou de surpresa o grupo parlamentar” dos democratas-cristãos.
“Ouvi umas ideias vagas, algumas das quais posso compreender em tese, mas que carecem de fundamentação, de explicação detalhada, e que teremos que encontrar muito bem explicada antes de termos uma posição oficial sobre esta matéria”, disse.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa
“Os trabalhadores da RTP são um ativo, não são um passivo, são na sua maioria quadros qualificados, pessoas com mais-valia para o ramo, e não se pode simplesmente chegar a uma entrevista e dizer que passam como um passivo para um qualquer concessionário”, disse à Lusa o deputado centrista Raul Almeida.
O deputado sublinhou que “é uma maneira de estar que não é a do CDS-PP” admitir que os trabalhadores “poderão ser despedidos ou ter um futuro incerto e que a incerteza desse futuro não seja motivo da menor preocupação”.
“Compreendemos que poderá haver redimensionamento no futuro da RTP, compreendemos que qualquer empresa deve ser bem gerida e os meios devem ser calibrados no sentido da sua boa gestão. Agora, não é assim que se tratam matérias de tanta seriedade e de tal gravidade”, acrescentou.
O economista e consultor do Governo António Borges considerou na quinta-feira, em entrevista à TVI, que a possibilidade de concessionar a RTP1 a investidores privados é um cenário "muito atraente", mas assegurou que nada está ainda decidido sobre o futuro da empresa.
António Borges sublinhou que a proposta de concessionar a RTP1 a investidores privados é atraente, porque levaria o canal a "permanecer na propriedade do Estado", sendo a licença entregue a um privado que teria de cumprir as "obrigações de serviço público", recebendo para tal um apoio estatal "bastante inferior" ao atual.
A RTP2 irá "muito provavelmente" fechar, independentemente do cenário a adotar para o futuro da empresa, em razão do seu avultado custo, para reduzidas audiências, prosseguiu o consultor do executivo, na entrevista à TVI.
Já hoje o executivo admitiu que a concessão da RTP1 a privados e o eventual encerramento da RTP2, anunciados por António Borges, permitem ao Governo "reduzir os encargos públicos" com a estação de televisão, garantindo a "propriedade pública".
Em declarações à Lusa, o deputado do CDS-PP não quis fazer comentários ao modelo que está em discussão, “reservando-se o direito de esperar por explicações mais detalhadas” por parte da tutela, até porque aquilo que veio a público “apanhou de surpresa o grupo parlamentar” dos democratas-cristãos.
“Ouvi umas ideias vagas, algumas das quais posso compreender em tese, mas que carecem de fundamentação, de explicação detalhada, e que teremos que encontrar muito bem explicada antes de termos uma posição oficial sobre esta matéria”, disse.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa
Fonte: Agência Lusa/Ionline
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