terça-feira, 14 de agosto de 2012

Portas diz que acordos da coligação com PSD “não se aplicam” nos Açores


O presidente do CDS/PP, Paulo Portas, recordou hoje que os acordos nacionais da coligação com o PSD “não se aplicam” nos Açores, frisando que será o partido na região a decidir a sua posição sobre um futuro governo regional.
“Os acordos nacionais da coligação não se aplicam nas regiões autónomas. Será o CDS/PP dos Açores a decidir o seu posicionamento em função dos votos que receber”, afirmou Paulo Portas, em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada, escusando-se a comentar se é possível um governo PSD/CDS nos Açores.

Paulo Portas, que interrompeu as férias nos Açores para visitar a fábrica da UNILEITE, elogiou o líder regional do partido, Artur Lima, que considerou ser “uma garantia de governação independente, competente e forte”.

“Artur Lima provou nos últimos anos na Assembleia Legislativa dos Açores que é o político mais combativo, mais inovador, mais independente, com uma voz mais forte na política açoriana”, salientou, acrescentando que o trabalho desenvolvido “vai ser reconhecido pelos eleitores, porque quem trabalha merece um prémio”.

No final da visita à fábrica da UNILEITE, o líder do CDS/PP recordou a importância do sector agrícola para a economia dos Açores, defendendo a necessidade de Portugal “fazer um esforço” para evitar o fim das quotas leiteiras.

“Apesar de um erro no passado, que foi Portugal ter deixado com o seu voto que o regime de quotas leiteiras terminasse, é preciso fazer um esforço para evitar que deixe de existir um regime que protege a nossa agricultura”, afirmou, recordando que o país “está a fazer esse esforço” e que há “mais países interessados” na manutenção das quotas leiteiras.

Por seu lado, Artur Lima defendeu a necessidade de o executivo regional abandonar “políticas erradas” no sector agrícola, como o apoio que tem dado a projectos de estabulação permanente do gado.

“Eu acho que estes projectos são um atentado à qualidade dos produtos açorianos, do leite açoriano, e à imagem da marca Açores”, frisou.

“Qualquer outra aposta para tornar o leite dos Açores igual ao leite de qualquer outra região do centro da Europa é errada”, afirmou Artur Lima, para quem “deve ser invertido rapidamente este caminho”.

Relativamente à venda de leite dos Açores através de marcas brancas, nomeadamente nas grandes superfícies comerciais, Artur Lima recordou que é uma forma de “aumentar o rendimento dos produtores”, além de “beneficiar o consumidor porque fica com leite de qualidade”.

Fonte: Público

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