segunda-feira, 3 de setembro de 2012

CDS pede reunião extraordinária para discutir privatização da ANA



O grupo de deputados do CDS-PP na Assembleia Municipal do Porto solicitou a convocação de uma reunião extraordinária para discussão do processo de privatização da ANA - Aeroportos de Portugal, foi anunciado esta segunda-feira.

O requerimento para realização da reunião extraordinária já foi enviado ao presidente da Assembleia Municipal do Porto, o social-democrata Valente de Oliveira.

Na sexta-feira, o CDS-PP/Porto criticou o modelo de privatização da ANA - Aeroportos de Portugal, defendendo que os aeroportos devem ser «privatizados autonomamente» para que não seja posto em causa o desenvolvimento da região Norte.

Para o CDS-PP, a vontade do Governo em privatizar a ANA com todos os aeroportos incluídos no seu património «conduz a uma grave ameaça ao interesse de Portugal e da região Norte, na medida em que não promoverá equitativamente o desenvolvimento regional do país, voltando-se uma vez mais a prejudicar a coesão nacional em função da gestão do país a favor dos interesses da capital».

«A privatização da ANA terá um impacto muito negativo no crescimento do turismo e consequente desenvolvimento cultural e económico da cidade do Porto e da região Norte», refere.

O CDS-PP entende que «só a gestão autónoma do aeroporto do Porto fará com que este seja gerido exclusivamente em nome dos interesses socioeconómicos da região e nunca em função da rentabilização dos aeroportos de Faro ou Portela».

«Só desta forma o aeroporto estará exclusivamente ao serviço das empresas, do emprego e da população do Porto e da região Norte, traduzindo-se num instrumento de criação de riqueza, de aumento da qualidade de vida e de promoção de coesão social», sublinha.

O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira o processo de privatização da ANA «mediante a alienação das ações representativas de até 100%» do capital social da empresa.

«A alienação efetuar-se-á através de uma operação de venda, por negociação particular, a um ou mais investidores, nacionais ou estrangeiros, individualmente ou em agrupamento e através de uma operação de oferta pública de venda dirigida exclusivamente a trabalhadores da ANA e de sociedades direta ou indiretamente detidas pela ANA», apontou o comunicado do Conselho de Ministros.

Fonte: Agência Financeira

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