O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, acusou hoje o PS de "federalismo radical", porque o reforço das competências das instituições europeias significaria "a eleição direta de um presidente europeu e de um governo europeu".
"É bom que sejamos claros em relação a isto, é que não basta dizer que é preciso reforçar a competência, os órgãos, as atribuições e o Banco Central Europeu, e pensar que as instituições europeias resolvem tudo. É preciso retirar as consequências e o que foi aqui defendido por alguns partidos, nomeadamente pelo maior partido da oposição, é de um federalismo radical", afirmou Nuno Magalhães.O líder da bancada democrata-cristã defendeu que as propostas socialistas implicariam, "como foi dito pelas bancadas mais à esquerda, uma eleição direta de um presidente europeu, de um governo europeu, que fiscalize, de um superministro não só das Finanças, da Economia, das Obras Públicas, da Administração Interna".
"É bom que digamos tudo", afirmou.
Nuno Magalhães criticou que os partidos não tenham defendido durante o debate de hoje, que antecedeu o Conselho Europeu, as resoluções que apresentaram.
O CDS-PP apresentou um projeto de resolução, conjuntamente com o PS, recomendando ao Governo que defenda em Bruxelas "o reforço do financiamento das pequenas e médias empresas pelo BEI, que as reformas estruturais derrubem as barreiras económicas e dinamizem a concorrência, que haja um reforço dos órgãos europeus, das suas competências, das suas atribuições", frisou.
Os democratas-cristãos defendem também "uma capacidade de decisão mais eficaz e mais partilhada entre todos esses órgãos e também os estados membros" e que "se proceda a um caminho que leve a uma convergência fiscal e entre os 17 estados da zona euro".
Fonte: Diário Digital
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