quinta-feira, 5 de julho de 2012
Mota Soares garante preocupação com coesão social e unidade da coligação
O ministro da Segurança Social afirmou na quarta-feira, perante uma audiência de militantes do CDS-PP e do PSD, que o Governo teve uma «enorme preocupação» com a coesão social no último ano, garantindo ainda a coesão da própria coligação.
Luís Pedro Mota Soares falava em Lisboa, na primeira iniciativa conjunta de duas estruturas do PSD e do CDS-PP desde que formaram a coligação que está no Governo, há cerca de um ano.
A iniciativa, promovida pelas distritais de Lisboa dos dois partidos, juntou na quarta-feira à noite o ministro (do CDS-PP) e um dos seus secretários de Estado, Marco António Costa (PSD), num encontro com militantes que teve como tema 'Respostas sociais em tempos de crise'.
Depois de defender a ideia da «ética social na austeridade», enumerando uma série de medidas adoptadas pelo ministério que tutela, Mota Soares afirmou que no último ano Portugal fez um percurso que «é reconhecido por todos como um caminho muito difícil e muito exigente».
«Mas hoje Portugal é, no panorama internacional, visto pelos nossos parceiros internacionais como um país que está a cumprir, a conseguir ultrapassar as suas dificuldades. E hoje já ninguém nos põe ao nível de maus exemplos. Há um ano estávamos sempre no centro do radar, hoje somos um exemplo dentro da União Europeia», afirmou.
O ministro sublinhou que os «tempos são muito difíceis», mas disse que será possível «ultrapassar» as dificuldades com «verdade», «confiança» e «esperança».
Para Mota Soares, «isto não era possível sem uma enorme coesão dentro do próprio Governo, não era possível se o Governo não se tivesse preocupado com a coesão social, mas também não era possível se o Governo não estivesse bem e permanentemente coeso entre si próprio».
Tanto o ministro como o secretário de Estado se referiram às medidas tomadas na área da segurança e da solidariedade social no último ano, com destaque para o Plano de Emergência Social e o acordo firmado com as instituições sociais «na mesma semana» em que foi assinado o acordo de concertação social.
Com esse acordo «histórico», as instituições estão hoje a chegar a mais pessoas, de forma mais eficaz, e com menos gastos para o Estado, assegurou Mota Soares.
Já Marco António Costa sublinhou, numa intervenção que antecedeu a do ministro, que quando o Governo assumiu funções, e perante as medidas «dificílimas» que tinha de tomar, tudo fazia prever meses de intensa contestação social.
Porém, afirmou, isso não se verificou, elogiando o «grande sentido patriótico» dos portugueses e destacando que «o Governo trabalhou para a garantir a paz social».
Marco António Costa acrescentou que acredita ser possível manter «a paz social» no país e atribuiu os «episódios» de contestação dos «últimos tempos» ao «tiro para o ar» que considerou ter sido a moção de censura ao Governo apresentada pelo PCP na semana passada, que assim quis «lembrar» a «alguns grupos» que era necessário «sair para a rua».
A estas duas intervenções seguiu-se uma sessão de debate com os militantes, fechada à comunicação social.
Fonte: Lusa/SOL
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