sábado, 22 de setembro de 2012

CDS quer realização de estudo exaustivo sobre doença de Alzheimer


O CDS-PP defendeu hoje a realização de um estudo epidemiológico nacional da doença de Alzheimer e a criação de um estatuto do cuidador informal daqueles doentes.

A deputada do CDS Teresa Caeiro recuperou um projeto de resolução do partido, aprovado na anterior legislatura, para reiterar as recomendações aprovadas pela Assembleia da República, nomeadamente a de um estudo epidemiológico de âmbito nacional. "É um estudo exaustivo, não só para saber quantos são, mas quantos estão por diagnosticar, quantas pessoas é que estando diagnosticadas e não têm acesso aos cuidados necessários, apoio domiciliário, quer apoio institucional, quer apoio terapêutico. Tudo isto é desconhecido neste momento", defendeu a deputada hoje, dia mundial do Alzheimer.

Teresa Caeiro explicou que o projeto de resolução recomendava a "criação de um estatuto do cuidador informal", sendo "que na esmagadora maioria dos casos são familiares próximos que assumem esta responsabilidade", que implica "opções muito dolorosas nas suas vidas, nomeadamente decidirem se continuam a trabalhar". A deputada acrescentou que "é preciso também estabelecer metas para uma cobertura adequada de instituições e de apoio domiciliário, sendo que atualmente não chega sequer a 10 por cento das necessidades".

Sobre o elevado preço dos medicamentos para esta doença, a deputada do CDS argumentou que o acordo entre o Ministério da Saúde e a Apifarma para regularização de dívidas acumuladas dará uma "capacidade de negociação" maior ao Governo para agir nessa matéria. "Quando não estamos capturados por uma dívida monumental, o Estado tem uma maior capacidade de negociação e estou certa que o ministério e as instituições irão abordar essa negociação para que haja preços mais acessíveis a esses medicamentos, que, concordo, têm um valor elevado", disse.

Recorde-se que cerca de 153 mil pessoas sofrem de demência em Portugal, das quais mais de 90 mil com a doença de Alzheimer, de acordo com um relatório de 2009 da Associação Alzheimer Europe.

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